A prostituição feminina no Japão antigo era altamente
sofisticada. Esposas eram restritas aos cuidados com o lar e filhos. As
cortesãs (prostitutas) é que eram procuradas pelos homens para o sexo e
envolvimento amoroso. Recebiam uma educação sofisticada, que costumava se
iniciar muito cedo, quando ainda crianças. Aprendiam literatura, música, artes,
história, etiqueta, etc... "Mulheres para brincar" eram classificadas
e recebiam licença legal para trabalhar em "casas de prazer", com
preços muito variáveis, muitas vezes negociados pelas próprias esposas dos
clientes, que não raro, as escolhiam. A fala abaixo foi extraída do romance
"Gai-Jin" (estrangeiro, em japonês), de James Clavell, e ilustra como
uma cortesã era instruída por sua superiora, no Japão do século XIX:
"É esse meu dever, treiná-la, mantê-la gentil e
generosa, disposta a se sacrificar pelo prazer do homem... não por seu impulso.
É isso o que mantém os homens felizes e contentes, o prazer, em todas as suas
manifestações. Aprender é a parte mais importante de nosso trabalho. É fácil
satisfazer o corpo de um homem... um prazer transitório... mas é difícil
agradá-lo por um prazo mais prolongado, envolvê-lo, conservar seu favor. Isto
deve vir através dos sentidos da mente. Para consegui-lo, é preciso treinar com
extremo cuidado. Não é sexo que os homens realmente procuram em nosso mundo, mas
romance... nosso fruto mais proibido."