sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Gorilas


"Senhor, sua solicitação de dinheiro para salvar os gorilas é sem dúvida alguma, muito louvável. Mas não parece ter lhe ocorrido que exatamente no mesmo lugar, o continente africano, há milhares de crianças humanas sofrendo. Teremos tempo suficiente para nos preocupar com os gorilas quando não houver mais nenhuma criança em situação de risco. Devemos cuidar primeiro do que é prioridade."

Essa carta hipotética poderia ter sido escrita por praticamente qualquer pessoa bem-intencionada hoje em dia. Pensei nela após a grande repercussão que teve a agressão e morte de um pequeno cachorrinho por sua dona. Existem mais de 7 bilhões de seres humanos no planeta, e menos de 700 gorilas da montanha vivendo livres em seu hábitat. Continuando nesse ritmo, as crianças humanas que hoje nascem, quando estiverem idosas, viverão num mundo sem gorilas na natureza.
Os gorilas foram descritos cientificamente pela primeira vez em 1847 por Thomas Savage, médico e missionário que os observou na Libéria. Na antiguidade eles já haviam sido descritos ao ocidente por um navegador cartaginês, Hanon, em 480 a.C., que acreditou se tratar de pessoas selvagens e peludas, motivo pelo qual lhes deu o nome grego de Gorillai (que significa “tribo de mulheres peludas”). Esta magnífica criatura chega a 2 metros de altura e até 300 kg, um gigante que, apesar do tamanho é muito dócil. Para se proteger, fazem cara feia e pose, mas não atacam.
Koko, uma gorila nascida em São Francisco, em 1971, vive na Universidade de Stanford, onde aprendeu uma linguagem de sinais (memorizou mais de mil), com a qual consegue se comunicar com seus cuidadores. Avisa quando tem fome ou dor, conseguindo inclusive comunicar a intensidade da dor numa escala de zero a dez. É o único “animal não humano” que cuida de um “animal de estimação”. Ela mesma escolhe e cria seus gatinhos como se fossem filhotes. Esse animal sente frio ou calor, alegria, tristeza, medo, tédio, raiva e fome. Em alguns dias acorda de bom humor, noutros, emburrada. Por algum estranho motivo, Koko gosta dos gatinhos, dos quais cuida com muito cuidado, como se fossem sua “família”. Na natureza, seus primos vivem em grupos familiares. “Famílias” mesmo, com mães, pais, irmãos e filhos, dentro das quais cuidam uns dos outros.
Concluindo: como indica a carta acima, a prioridade é sempre a vida humana, certo? E se você pudesse escolher entre salvar uma, e apenas uma, das vidas abaixo, qual teria sido a sua escolha?


Visite Koko e seu gatinho no site: http://www.koko.org/index.php

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Inri Cristo



Em meu primeiro encontro com Inri Cristo, acho que eu inicialmente estava sob influencia da imagem caricata criada pelos meios de comunicação. Ao contrário da forma com a qual a imprensa tendenciosa o retrata, preconceituosamente, como uma figura bizarra e de comportamento doentio, encontrei um homem simples, educado e amável. Participei de seu culto religioso, sendo depois recebido por ele, em sua casa. Foi, para mim, um encontro de enorme alegria. Conversamos sobre os mais diversos assuntos. Delicada e respeitosamente, Inri Cristo respondeu a todas as minhas perguntas e tirou todas as minhas dúvidas Ele me pareceu um homem com inteligência muito elevada, culto, de mente aberta.
Inri Cristo me tocou com suas mãos e me abençoou. Eu costumava ser avesso a bençãos, religiões e deuses, um tanto hipócrita e cínico com relação a esses assuntos. Bastou um encontro com esse homem, para mudar tudo isso. De repente, aos 46 anos de idade, sinto que uma nova fase para mim começa, como se tudo o que estudei e vivi antes não passasse de uma preparação para o que está por vir. Saí desse encontro renovado, confiante, vendo o mundo de uma maneira completamente diferente. A história se repete: mais uma vez, uma mensagem de amor para a humanidade e é recebida com desdém, escárnio e hostilidade.

Disse Inri Cristo: “O acaso não existe!”.
 Eu acredito em Inri Cristo. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pacientes que não tive 30: Albert Einstein


Não vou falar a respeito de suas enormes conquistas científicas, das quais todos estão cansados de saber, mas sim de aspectos pessoais problemáticos, que o público normalmente desconhece.

Einstein, quando jovem, teve o azar de viver a situação de uma gravidez não planejada. O que fez ele? Nem quis saber de conhecer a filha indesejada, não de deu sequer ao trabalho de conhecê-la. Uma saída de gênio (?)... seu nome era Lieserl Einstein, ela foi entregue para adoção e morreu em um ano. Após casar-se com Mileva, Einstein teve dois filhos. Hans Albert, o primogênito, que teve pouquíssimo contato com o pai, e mesmo assim, apenas depois de adulto. Eduard era o filho mais novo, cursou medicina e queria ser psiquiatra, sofria com a ausência do pai, tentou o suicídio, desenvolveu esquizofrenia e foi internado em um sanatório, onde passou a viver isolado. Até 1945, quando a guerra terminou, havia a desculpa da dificuldade causada pelo nazismo, até então no poder. Mas depois desse ano, Einstein teve 10 anos para visitá-lo e não o fez. Não o visitou quando a mãe dele faleceu, nem nunca mais. Eduard ficou sozinho até sua morte em 1965, aos 55 anos.
Termino esses tristes fatos com uma frase do próprio Einstein: “Não posso julgar o que fez, porque não conheço seus motivos para isso”

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quem é normal?


A edição nº 2244 da revista Veja, datada de 23 de novembro, nos brindou com um conjunto de reportagens sobre a ciência. Entre elas, em destaque, está a psiquiatria, escolhida matéria de capa. O repórter André Petry tenta relatar os dilemas, as conquistas e os desafios por que passa a pesquisa do cérebro humano, tão fascinante e tão desafiador.

O texto merece, entretanto, algumas considerações.

A complexidade das estruturas cerebrais são um dos maiores desafios da ciência contemporânea.
Como ciência, a psiquiatria tem definição clara sobre o que pode e o que não pode ser considerado um transtorno mental, mas está fora de suas atribuições julgar ou enquadrar comportamentos sociais.
Contamos com os avanços científicos e esperamos que eles possam contribuir para a elaboração dos diagnósticos psiquiátricos, entretanto, a prática clínica continua sendo a espinha dorsal do atendimento psiquiátrico. Também por isso, a psiquiatria não faz diagnóstico de doença exclusivamente por meio de exames biológicos do funcionamento do cérebro. E dada a complexidade deste órgão, seria temerário fazê-lo no momento atual do nosso conhecimento.
Os pacientes que procuram, muito relutantemente, a psiquiatria como “último recurso” para minorarem suas dores mentais o fazem porque, como diz o filósofo e médico britânico I. Sccading, “seus sistemas adaptativos, ao contrário dos sistemas adaptativos biológicos normais, se tornaram prejudiciais para o próprio indivíduo, para o próprio organismo”. Trocando em miúdos, e aproveitando o que foi dito pelo filósofo-psiquiatra Henri Ey, o indivíduo perdeu a liberdade de decidir o que é bom e mau para si mesmo, perdeu até a liberdade de “pecar” por conta própria, perdeu a liberdade de decidir se quer o pecado ou a virtude, o bem ou o mal, a felicidade ou a infelicidade, dado o determinismo biológico e psíquico doentio a que está submetido.
O paciente pode ficar preso a comportamentos obsessivos, repetitivos, compulsivos, impulsivos, disfuncionais, auto-lesivos, suicidas, de tal modo avassalador que perde a capacidade de amar e de trabalhar. Está preso a um automatismo mental que ele próprio reconhece ser tirânico e do qual não consegue se livrar.
Sobre o aumento do número de doenças psiquiátricas publicadas no DSM, temos consciência de que passamos por um processo evolutivo intelectual e social jamais visto na História humana. O avanço da tecnologia, a melhora nos diagnósticos e a redução do estigma contra o doente mental são sim fatores que levaram ao aumento do número de doenças psiquiátricas catalogadas e esse avanço deve ser celebrado pela comunidade mundial e não demonizado.
Promover ainda mais o estigma que há em relação ao doente mental, afirmando que a doença mental não existe, pode fazer com que pessoas abandonem tratamentos, o que, no caso da depressão, por exemplo, pode levar a consequências graves, como o suicídio. No nosso país, cerca de nove mil pessoas cometem suicídio anualmente. A maior parte delas padecia de um transtorno psiquiátrico, sendo a depressão o mais frequente.
Pensando em dialogar com a sociedade no sentido de acabar com o estigma que há em relação ao psiquiatra e ao doente mental, a Associação Brasileira de Psiquiatria lançou a campanha “A Sociedade contra o Preconceito”, no último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, no início de novembro. A campanha ganhou a adesão de personalidades da TV, do Esporte, do jornalismo e da literatura. Pessoas que entendem a perversidade que é a estigmatização do doente mental por que passaram por isso, pessoalmente ou com familiares próximos.
Contamos com a sensibilidade do Senhor Editor e dos grandes repórteres de Veja para contribuir com o fim do preconceito e não alimentá-lo ainda mais.

É importante lembrar que a doença é o algoz e não a Psiquiatria.

(Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria e Revista Veja)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Homem: culpado!

É indiscutível que, nas últimas décadas, houve uma transformação profunda nas relações conjugais e no comportamento sexual da sociedade. No entanto, na questão da infidelidade, ainda existe um privilégio masculino. O homem é o único que se percebe e é percebido como sujeito da traição.A mulher, até mesmo quando trai, assume a posição de vítima. Entre indivíduos das classes médias do Rio de Janeiro, 60% dos homens e 47% das mulheres afirmam já terem traído seus parceiros. Apesar de estarem quase empatados, eles e elas apresentam motivos bem diferentes para trair. Homens dizem que amam e desejam as esposas, mas não resistem ao instinto, à aventura, atração, vontade, oportunidade, vocação. Mulheres dizem que traíram por insatisfação com o parceiro, autoestima baixa, vingança ao ter sido traída, por não se sentir mais desejada pelo marido ou por falta de atenção, conversa, carinho, romance, intimidade. Homens se justificam por meio de uma suposta natureza propensa à infidelidade. Mulheres dizem que seus parceiros, com suas inúmeras faltas, são os verdadeiros responsáveis por suas traições.Portanto, a culpa é sempre do homem, seja por sua natureza incontrolável que o impele a ser infiel, seja por seus defeitos que causam a infidelidade feminina.
O discurso de vítima de muitas mulheres, não se assumindo como responsáveis pelos próprios desejos, reforça a lógica da dominação masculina em nossa cultura.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pacientes que não tive 29: Jânio Quadros (e família)




Todos na família se acusavam de ser loucos: Jânio havia internado sua filha, Tutu Quadros, que depois internou Jânio (que já havia tentado internar o seu pai). Tutu brigou com as três filhas pela herança de Eloá, sua mãe, esposa de Jânio. As netas de Eloá acusaram a mãe, Tutu, de tê-las abandonado, mesma acusação que Tutu dirigiu ao pai. Dona Eloá deserdou Tutu, que investiu contra as próprias filhas. Eloá morreu sem rever Tutu. De olho no patrimônio do pai, Tutu exigiu na justiça uma declaração da incapacidade do pai. Ninguém se entendeu com ninguém.
Sucessor de Juscelino Kubitschek, que incentivou o desenvolvimento da industria automobilística e construiu Brasília, o legado de Jânio foi a proibição do biquíni, das rinhas de galo e do lança perfume no carnaval. A única construção que fez em Brasília: um pombal. Seu legado político: a maldição de sua histérica renúncia, que culminou no golpe de 64, levando a 20 anos de regime militar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pacientes que não tive 28: (o noivo da) Duquesa de Alba


Aos 85 anos de idade, uma das mulheres mais ricas do mundo, com uma fortuna avaliada em 4,7 bilhões de dólares, integrante da nobreza espanhola, a aristocrata com mais títulos reconhecidos pelo Guiness, teve uma árdua tarefa a cumprir: enfrentar a oposição de seus filhos, contrários a seu casamento com um modesto funcionário público, 25 anos mais jovem do que ela, numa festa considerada o mais elaborado evento social da Espanha, desde o final da monarquia. Não se sabe o porquê, mas eles foram contrários ao enlace.
Ela afirmou: “Eu acredito em Deus. Sou católica praticante, portanto sou contra o aborto, contra o divórcio e contra todas essas atrocidades que proliferam num mundo sem regras e sem temor a Deus. Por isso é que estou casando pela terceira vez, eu não tinha outra saída, não serei chamada de pecadora”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pacientes que não tive, 27: William Herrera

À espera do juízo divino, trancado dentro da Assembléia de Deus, em Havana, Cuba, junto com mais 61 fiéis há mais de um mês, o pastor William Herrera disse por telefone à reportagem da Folha: "Recebemos um mandato de Deus, que disse que viéssemos para cá por causa das coisas que estão acontecendo neste país. Muita idolatria, homossexualidade. Virá um juízo para Cuba por parte de Deus. Em toda época há os que são chamados de loucos, os que vão contra a corrente. Não nos importamos com essas mentiras. Deus nos mandou guardar comida para um tempo e aqui ficaremos”. Ele criou uma conta no Twitter (@fuentevidacuba) para explicar o chamado de Deus e as curas e milagres que, segundo ele, ocorrem durante as jornadas de oração. Qualquer um que tenha interesse em ordens vindas diretamente do criador podem obter maiores informações junto ao grupo.

Entre os confinados estão 19 menores de idades, e 4 gestantes. Eles garantem que só sairão de lá depois de receberem uma ordem divina. Ou se forem resgatados, direto para o hospício. A psiquiatria não se dá muito bem com profetas...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pensando sobre a Tortura

E já que falamos de terroristas, desenvolvamos esse animado tema, para questões afins, com a mesma e alegre tonalidade. Segundo Elio Gaspari, o que torna a tortura atraente é o fato de que ela funciona. O preso não quer falar, apanha e fala. A eficácia do método chega a surpreender até mesmo o torturador. Assemelha-se ao ato cirúrgico, extraindo da vítima algo maligno que ela não expeliria sem agressão. A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do inimigo. O preso só lastima uma coisa: o maldito corpo continua agüentando! Ainda que a certa altura a mente prefira a morte à confissão, aquele corpo dolorido se mantém vivo, permitindo que o suplício continue. Todos concordam que a tortura é uma prática abominável e nada há que justifique sua prática. Será mesmo? Grande parte das pessoas desse mundo hipócrita que mente sobre si mesmo, não vai encarar o desconforto de pensar a respeito com honestidade. Essa é a diferença entre aqueles que tem a obrigação de agir, e aqueles que os criticam. Viver é ter de fazer escolhas entre coisas ruins e coisas péssimas, administrar o caos, que espreita a total degradação do fim inevitável. Tirar o corpo fora, dizer que não se tem nada a ver com isso é fácil.
Imagine-se a hipotética situação: um avião levando 300 crianças sobrevoa o oceano pacífico. Há uma bomba escondida a bordo, programada para explodir em 2 horas, tempo insuficiente para se chegar a um aeroporto. Existe a possibilidade de desarmar a bomba, ou jogá-la para fora do avião, desde que ela seja localizada. A única pessoa que sabe onde a bomba está é o terrorista que a escondeu, responsável por centenas de mortes em episódio semelhante anterior, e que está detido sob seus cuidados. Ele se recusa a falar, já vai mesmo para a cadeia... O tempo começa a correr. Responda com sinceridade: você deixaria as 300 crianças morrerem, sem tentar obter a informação mediante tortura do terrorista? Nesta situação, a tortura seria um crime, algo moralmente condenável? A turma dos direitos humanos tentaria impedir a tortura?

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Suicidas ilustres 21: Terroristas Islâmicos


Vamos falar agora de lugares onde as mulheres não mandam e os gravíssimos efeitos disso decorrentes, sem exagero: morte e destruições atravessando oceanos, em escala bíblica. Os homes precisam de mulheres que deles cuidem. Que sejam cheirosas, bonitas, boas de pegar, de encher as mãos. Que entendam que eles são fracos por natureza, caem mais facilmente em tentação, são mais propensos à traição carnal. Pobres homens, são seres incompletos. As mulheres, seres mais evoluídos, sabem perdoar essas pequenas falhas masculinas. E fazem de tudo para segurar seus homens. Principalmente quando são alegres e ricos. Já percebemos como as mulheres gostam de dinheiro. E como vimos, homens depressivos não servem para elas.
Na cultura Islâmica, em sociedades nas quais não há separação entre o Direito, o Estado e a Religião, vive-se sob leis baseadas nas escrituras sagradas (a Charia). São leis que regulam tanto aspectos civis e criminais, como a conduta individual e moral, incluindo códigos de vestimenta para as mulheres. Nestas cultura, a mulher não manda nada, é desvalorizada, não vota, seu testemunho não tem valor em tribunais, muitas vezes é proibida por lei de dirigir, às vezes sofre mutilação genital para não sentir prazer sexual. Seus corpos são considerados impuros e escondidos sob panos. Povos são ensinados desde cedo, que os americanos são os culpados por seus problemas, são promíscuos e degenerados; “O Grande Satã”, nas palavras do inesquecível Aiatolá Khomeini. E, o horror máximo: mulheres emancipadas, independentes, bonitas, gostosas, nos EUA, são donas de seus narizes. Vestidas de maneira ousada ou nuas nas capas de revistas. Pior: sempre rindo, indiferentes à macheza troglodita. Parecem rir daqueles infelizes aterrorizados em suas próprias terras.
Na América, os terroristas tiveram acesso a melhor moradia, melhor estudo, mais oportunidades que em seus países de origem. Eu imagino que, ao entrar em contato com a cultura americana, os muçulmanos pensantes descobrem seus atrativos e delícias, passam a ser atormentados pela tentação de ser “convertidos” ao ocidente. Então, o inimigo odiado, se transforma em objeto de inveja e admiração. Só lhes resta uma saída: matar os infiéis nos quais receiam (e desejam) se transformar. E com seu suicídio, matam a si mesmos para nunca mais correrem o risco de ser enganados (em sua terra) ou seduzidos (pelo “inimigo”). Passa a ser intolerável conviver como inimigo de seu próprio objeto de desejo. Pelo jeito deve ser melhor se matar do que ficar com uma mulher vestida como espantalho. Olha a expressão de infelicidade na cara do sujeito....

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Emancipação Feminina, parte 3: A mulher é quem manda


Como bem disse Pondé, todo homem casado que ama sua mulher, sabe que é ela quem manda na relação: escolhe mesas em restaurantes, decide quais amigos vão ao cinema, manda em suas roupas, escolhe a casa onde vão morar, a cor das paredes, controla seus silêncios, interpreta seus sonhos. Ela controla os detalhes do cotidiano. Quando o homem se cansa de obedecer, ele vai embora. E reconstrói sua vida facilmente, casando-se com uma mulher mais nova. Mas dificilmente homens deprimidos se casam de novo, geralmente são recusados por outras mulheres, porque com a depressão masculina, costumam vir junto a perda financeira e de saúde. Mulheres não suportam homens fracos e sem dinheiro. E homens, por sua vez, não gostam de mulheres emancipadas. Eles as temem, temem o sucesso delas e sua (pretensa) segurança; ou acham que elas são umas chatas, que falam demais e (pensam) que sabem demais.
 O único ganho real dos homens com a emancipação das mulheres é poder abandoná-las à sua sorte, sem sentir culpa, quando delas se cansam.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Emancipação Feminina, parte 2: Darwin explica porque as mulheres falam demais


Falar a respeito da emancipação feminina com as mulheres é muito difícil por uma razão óbvia: falar com mulheres (sobre qualquer assunto) é difícil, porque as mulheres tem o hábito de falar em nosso lugar mesmo quando dizem que querem nos ouvir. As mulheres tem a capacidade de encerrar qualquer possibilidade de diálogo, transformando-o num monólogo que lembra uma metralhadora em ação. Os homens cansam e desistem, viram de lado e dormem, pensam em outras coisas ou simplesmente ficam olhando ao balanço do decote feminino, despindo a mulher em pensamento.  

Isso tem uma explicação evolucionista (Darwiniana). Nos tempos das cavernas, quando os homens eram caçadores-coletores, havia uma divisão de trabalho, com as mulheres geralmente colhendo frutos e raízes em grupo, numa atividade repleta de animado falatório, o que era útil para essa atividade, uma vez que espantava pássaros e roedores, concorrentes dessa atividade feminina. Já os homens saíam a campo na arriscada tarefa da caça. Matar um animal como um imenso mamute requeria muita competência, sangue-frio, calculismo, coragem, colaboração e entrosamento entre o grupo, disciplina e silêncio. Falar na hora errada poderia significar a diferença entre viver ou morrer. Por isso os homens desenvolveram capacidades práticas silenciosas e eficientes, falando inteligentemente apenas o necessário, enquanto as mulheres se tornaram ruidosas matracas, falando até pelos cotovelos, com menos pragmatismo, resultados práticos mais modestos. Imagino que quando elas começavam a falar, até os mamutes saíam correndo, procurando por alívio. As coisas pouco mudaram nos últimos 40 mil anos, até que na década de 60, com a invenção dos anticoncepcionais orais, ficaram ligeiramente confusas, e as mulheres deixaram de saber qual o seu papel na sociedade. Passaram a lutar por “direitos iguais”.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Spray Mata-Capeta

Aproveitando as tecnologias modernas, os evangélicos são insuperáveis na divulgação das maravilhas que Deus opera na vida de quem nele crê. Depois do Drive-thru de Oração e do Dízimo Automático (vide postagens dos dias 10/08 e 04/05 neste blog), eles novamente me surpreenderam. O pastor evangélico Silas Malafaia, vice-presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB), entidade que agrega cerca de 8.500 pastores de quase todas as denominações evangélicas brasileiras, além de Psicólogo formado, acaba de lançar o Spray Mata-Capeta, a maneira mais moderna, prática e econômica de tirar o demônio do corpo de quem estiver encapetado. Disponível em frascos de 300ml, ao preço de R$100,00, nos aromas Sangue de Jesus, Cheiro da Palavra e Alegria do Dízimo, promete resultados milagrosos. O uso do Spray faz qualquer Capeta dar no pé, não tem erro, é garantia de limpeza em ambientes carregados. Pode ser usado por toda a família, inclusive cães e gatos, sem contra-indicação, com resultados surpreendentes.
Para saber mais, assista com seus próprios olhos ao programa “Vitória em Cristo”, no ar há mais de 29 anos ininterruptos, e ouça os maravilhosos testemunhos das pessoas abençoadas pela expulsão do Capeta de suas vidas. Impressionantes relatos de cura de enfermidades (conhecidas e desconhecidas pela medicina), libertação de drogas, maridos que deixaram amantes e começaram a trabalhar, jovens que deixaram a vida criminosa e viraram obreiros, prosperidade financeira com pagamento de dívidas, entre outros milagres prodigiosos. O programa vai ao ar todos os dias, em horários variados, pela CNT, RedeTV! e afiliadas da Rede Bandeirantes.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Emancipação Feminina, parte 1: Conceitos Básicos

Minhas leitoras se queixam da falta de assuntos interessantes neste blog. Me escreveram criticando a matéria sobre o rodeio de gordas. Elas gostam de temas ligados ao relacionamento entre homens e mulheres. Pensando nisso, me proponho a revelar segredos do universo intelectual masculino. Fazendo-o, sinto-me de certa forma um traidor de minha classe, qual seja, do seleto grupo de homens heterossexuais interessantes, aqueles que gostam de mulher (e estão em falta no mercado). Esse grupo, aprende desde cedo que, para ter acesso a seu objeto de desejo é preciso ser determinado, mas nem sempre sincero. Aproveitem que desta vez estou falando apenas a verdade desinteressada, o que nem sempre é tão agradável como as mentiras deliciosas que os homens aprendem a contar. Algumas mulheres podem não gostar, paciência. Se você por acaso sentir sintomas como irritação ou nervosismo, pare de ler. Vá fazer uma massagem, meditação, Yôga, vá fazer compras no Shopping, ou leia um livro do Padre Marcelo.
Com a ajuda do que aprendi com o eminente filósofo Luís Felipe Pondé, vou começar discorrendo sobre a “emancipação feminina” e o medo que ela causa nos homens (os que gostam de mulheres). Primeiro, vamos tentar definir “emancipação ”. Isso, segundo Pondé, se faz em 3 etapas:
1-Partir de problemas reais: como a submissão de mulheres a maridos insuportáveis, devido à falta de grana para mandá-los ao inferno ou à PQP, situação comum no passado.
2-Solucionar esses problemas de modo eficaz: como divorciar-se, ir à luta e ascender profissionalmente, tornando-se financeiramente independentes para mandar os ex-maridos lamber sabão.
3-Negar sistematicamente os efeitos colaterais indesejados causados pelas soluções encontradas (item 2) aos problemas reais (item 1). Por exemplo, mulheres financeiramente independentes, mas sozinhas, tristes, desesperadas (sem homens), que se iludem alardeando aos quatro ventos que podem transar livremente com meninos de 18 anos, sem ter de dar explicações para ninguém; mães solteiras disfuncionais; mas sobretudo, repressão sistemática a qualquer discussão séria acerca desses efeitos colaterais indesejados, acusando-os de propaganda machista.
Como já foi dito, os homens que gostam de mulheres odeiam aquelas emancipadas e independentes. Os gays as adoram. Há coisas a ser aprendidas a sobre isso. Muitas coisas. Mas para isso, é preciso falar a respeito abertamente e sem medo. É o esforço que farei nos próximos ensaios.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Se você fala com deus, você é religioso; se ele responde, você é psicótico." 
(Dr. Gregory House, médico objetivo, cético e competente, interpretado pelo ator Hugh Laurie).

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Expo Alto Astral


Se você é daqueles pacientes que não querem tomar remédio para a vida toda, talvez a psiquiatria tradicional não seja de seu agrado. Como já discutimos, muitos acabam recorrendo à homeopatia, acupuntura e outras práticas “naturais”. Agora, se além disso você tem a mente mais “aberta” ainda, pode ser que goste da maravilhosa Expo Alto Astral, feira que acontece no Anhembi, de 09 a 11 de setembro. E pode ir descansado, pois seu organizador, Roger Zulli, conforme afirmou à revista Veja, se esmerou em excluir os charlatões, garantindo a seriedade do evento.
Para quem está descrente dos atendimentos psicológicos, pode ser uma excelente oportunidade para consultar pessoalmente a famosa vidente Mãe Dinah, que resolve problemas afetivos e financeiros, bem como orienta de maneira infalivel jovens que querem se tornar jogadores de futebol milionários. Se os Mamonas Assassinas a tivessem ouvido, não teriam morrido no trágico acidente de 1996, por ela previsto e documentado.
Aproveite os ensinamentos da Nova Era e das Ciências Ocultas, descubra como sua vida pode melhorar. Não importa sua religião, pois lá todos são altamente espiritualizados e evoluídos. É o caso do terapeuta Holístico Hedvaldo Silva, que durante uma viagem astral fora do seu corpo físico, foi ensinado por anjos a confeccionar a placa energizadora indiana, que promove curas diversas, segundo ele, até de câncer. Quem não quer se curar de um câncer? Na feira pode-se comprar esta abençoada placa pela bagatela de 110 reais, e uma única placa pode ser usada por toda a família. Sai muito mais em conta do que qualquer quimioterapia!
E tem muito mais. Deitando na mesa psicotrônica, você descobrirá como melhorar sua saúde. Física Quântica e Angeologia deixarão de ser mistério. Haverá prática coletiva de pensamento positivo, Yôga e banhos energéticos revigorantes. Várias modalidades de Tarô, incluindo aquele da Capela Sistina, do Vaticano, avalizado pelo próprio Papa. Cromoterapia, Cristais e Radiestesia serão apresentados pelos maiores especialistas. Entre eles, o destaque fica para o Prof. Carlos Rosa, fundador da Academia Brasileira de Numerologia Cabalística. Seu currículum brilhante fala por si só: este não é um aventureiro oportunista, mas uma sumidade: sociólogo, historiador, Dr. em Ciências Ocultas, numerólogo cabalista, tarólogo, palestrante motivacional e escritor, escolhido “O Empresário Holístico dos anos 2007 / 8 / 9.
A morenaça Cristina Cairo vai mostrar como “as leis universais seguem a linguagem do corpo”. E que corpo! Um corpão! Segundo ela, todas as doenças tem origem emocional, e a terapia do seu corpo cura quase tudo. Nada a ver com massagem Tailandesa. Os doentes melhoram só de olhar. E por falar em olhar, não deixem de ver os fantásticos óculos “reticulados”, usados para exercícios de “Yôga para os olhos”. Embora formalmente criticados pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia, estarão à venda pela pechincha de 90 reais! Maurício Prado, terapeuta ocular (algo um pouco diferente que oftalmologista, dizem, até mais avançado, não sei) garante que o uso desses óculos por uma hora diária cura até miopia. 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ìndios, selvages canibais.

Quem trabalha na Funai, sabe que os índios, os “bons selvagens” de Rousseau, continuam hoje praticando o canibalismo, da mesma forma que foi descrito por Hans Staden, no século XVI. Sabe-se que os cintas-largas e outras 20 etnias comem carne humana, quase sempre por vingança e escondidos das autoridades. Em 2009, o deficiente físico Océlio Alves, de 21 anos foi morto e comprovadamente devorado por índios da etnia culina, na cidade de Envira a 1.200 Km de Manaus; dos acusados, 7 estão foragidos e um foi inocentado por “falta de provas” (observe que ele havia comido as provas).
Além de comerem pessoas, os índios costumam matar bebês recém-nascidos com a mesma desenvoltura que nossas mulheres usam anticoncepcionais orais. Filhos de mãe solteira, gêmeos, portadores de pequenas deformidades congênitas, e outros (determinados pelas mais estranhas tradições tribais), são enterrados vivos ou abandonados na mata para ser devorados por animais selvagens. O infanticídio é prática avalizada pela tradição indígena.
No passado, discutia-se se índios eram seres humanos ou animais. A Igreja Católica questionava se eles possuíam alma ou não. Essa desconfortável discussão não terminou, afinal, se eles são brasileiros, estarão acima da Constituição, que garante o direito à vida? As autoridades evitam emitir posições oficiais, mas a bancada evangélica acusa o governo de cruzar os braços e não proteger essas crianças, e pressiona o Congresso a discutir a “lei Muwaji”, contra o infanticídio.
Enquanto isso, a medicina dos brancos traz de avião, para ser operado no Hospital São Paulo, uma criança ianomâmi, para correção cirúrgica de um pequeno defeito congênito nos genitais. Após o sucesso da operação, um esforço gigantesco que mobilizou uma enorme equipe, a criança foi levada de volta à aldeia. Em menos de uma semana, seus avós a mataram, alegando que estaria “impura aos olhos dos deuses”. Acompanhei pessoalmente o desenrolar dessa tragédia.
Saiba mais: http://leimuwaji.blogspot.com/

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Há Médicos e médicos.

Paulo Pinto, cirurgião em Sertãozinho (SP). Após atender um senhor em risco de vida, pelo SUS, na Santa Casa local, indicou sua internação em UTI, sendo informado que as vagas existentes estavam reservadas exclusivamente para planos de saúde privados, encontrando-se indisponíveis ao SUS. Diante da recusa da administração do hospital, sentindo-se impedido de fazer o melhor pelo paciente, o médico o transferiu assim mesmo, e chamou a Polícia Militar, registrando um Boletim de Ocorrência.

Miriam Tomkowiski, ortopedista do Hospital Regional de Paranoá (DF). Após ter a casa roubada, espalhou pela cerca do imóvel seringas supostamente contaminadas, junto com uma placa informativa onde se lia: “Muro com sangue HIV +, não pule”. Diante da repercussão do caso, apresentou um atestado médico afastando-se do trabalho por tempo indeterminado.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lula, "nóço" líder

Inicialmente resistiu em participar do sindicalismo, foi contrário a aliança entre trabalhadores e estudantes, desprezou o apoio da Igreja Católica, resistiu à campanha das diretas-já, boicotou a Constituinte de 1988, vetou a colaboração do PT com o governo Itamar Franco, criticou o Plano Real. Durante todo seu governo não reconheceu os avanços sociais de seu antecessor, Fernando Henrique, chamando-os de “herança maldita”, embora tenha dado sequencia aos mesmos, rebatizando-os com outros nomes. Admirador declarado de Mahatma Gandhi e de Adolf Hitler, como confessou a um entrevistador à época em que liderava os metalúrgicos do ABC, em greves que ajudaram a derrubar a ditadura militar no Brasil. Tornou-se amigo de Ditadores como o cubano Fidel Castro e Hugo Chavez.
Descubra como Lula é oportunista, conservador e como“nunca foi de esquerda”. Não mudou tanto assim desde que emergiu do ABC para o planalto central, privilegiando interesses de banqueiros e capitalistas poderosos, enquanto agradava aos pobres e analfabetos com sua origem humilde e português incorreto, enganando-os com suas famosas “bravatas”. Descubra como seus parentes, amigos e apaniguados enriqueceram, e entenda a origem da maior onda de corrupção e escandalos da história desse país.
Programe-se para o lançamento do livro do jornalista e poeta José Nêumanne Pinto, em São Paulo, terça-feira, 23 de agosto, a partir das 19h
na Livraria da Vila, rua Fradique Coutinho, 915/ Vila Madalena.
Estarei lá.
"Lula é o maior líder político do Brasil em todos os tempos. Isso tem um lado muito bom, mas também outro, muito mau. Eu mostro como é o homem que levou o povo ao poder, mas também descrevo o Macunaíma (herói sem nenhum caráter) capaz de qualquer coisa para chegar onde chegou" (José Nêumanne Pinto).

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A desvantagem do otimismo


Ao contrário do que sugere a literatura barata de auto-ajuda, acho que o otimismo é o maior inimigo do sucesso. Estudo publicado em 2007 no “Journal of Economics Financial” revela que pessoas otimistas tem maior probabilidade de fumar e costumam trabalhar menos.

A maioria das pessoas pensa que o futuro será melhor, o que pode ser desastroso. A pessoa cria falsas expectativas, subestima riscos e aumenta a chance de se frustrar. Schopenhauer, meu filósofo predileto, o maior pessimista que já conheci (sua leitura deveria ser proibida para depressivos), no século XIX já dizia, que estamos no pior dos mundos, e que nada pode ser feito a respeito disso. Antecipava assim, a psicanálise de Freud, para quem o mundo não é mau, nem bom, mas apenas indiferente ao sofrimento ou alegrias humanos. O pessimista não tem por que se suicidar, uma vez que convive com a idéia que o mundo é ruim. Já o otimista, para o qual o mundo é bom, não está preparado para a contrariedade, quando esta chegar. Por isso que fazer psicoterapia não costuma ser gostoso, pois seu objetivo é nos preparar melhor para as adversidades. Muitas vezes, aquilo que as pessoas consideram triste ou depressivo não passa de puro realismo. A não ser que se acredite em Papai-Noel, aí é outra estória...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dúvida Técnica

Será que alguém pode me ajudar?
Não estou conseguindo postar comentários com minha conta do Google, em meu próporio blog, aqueles comentários que saem bonitinhos com foto, mas apenas como "anônimo", assinando meu nome... Gostaria que minhas respostas não deixassem dúvida sobre a autoria.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Esquerda

No aeroporto de Havana, em Cuba, havia placas com o seguinte texto escrito em várias línguas:
“Cuba é uma nação livre, soberana e independente. O governo é democrático, revolucionário e comunista. Aqui não há fome, exploração ou injustiça social. Não admitimos prostituição, drogas ou qualquer outra forma de depravação inerente ao capitalismo. Numa sociedade em que todos são iguais, não ocorrem furtos, roubos ou corrupção.”
Não sei se essa placa existia mesmo. Mas conheci muita gente que acreditaria em seu conteúdo. O regime cubano é fascinante apenas para intelectuais frustrados. A esquerda insossa e sem graça impera no mundo das ciências humanas, onde não se tem dinheiro e não se produz quase nada. Gente que afirma ser dotada de “consciência social”, movida por um sentimento de pureza, que glorifica a origem humilde, critica as elites, o capital, o estado, as empresas. Culpa o porco capitalista, o pequeno burguês pelos males do mundo. Sentem-se vítimas, mas heróicos, acusam o “sistema” e seus “crimes”. Valorizam a “sustentabilidade”: acham que vão salvar o mundo por não ter carro, reciclar o lixo e andar de bicicleta. Os esquerdistas aguados conseguem ser mais chatos do que um vegetariano convicto, um ecologista ou um fanático religioso.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Viciado não é vítima

Os usuários de drogas costumam me dizer coisas do tipo: “Para agüentar a minha família, só mesmo fumando maconha!”; “Bebo mesmo, mas a culpa é da droga da minha mulher!”; “É verdade que roubei, mas depois de usar crack”; “...fazer o quê? A dependência química é uma doença, sou um doente!”. Alguns médicos são meio paternalistas com essas pessoas, considerando-as também como vítimas das drogas. Tentam cuidar delas, protegendo-as de culpas, como se a garrafa de vodka as tivesse perseguido e vencido suas fraquezas. Fiquei entusiasmado com a entrevista da revista veja desta semana, com um psiquiatra inglês (Anthony Daniels) com grande experiência no assunto. Ele afirma:
“A maneira como vemos o vício de drogas é errada. Tratamos o viciado como vítimas, incapazes de ser responsabilizados por suas escolhas. Isso é falso. Eles não são vítimas de seu próprio comportamento. Não existe droga tão viciante a ponto de ser impossível livrar-se dela. Os drogados usam entorpecentes por uma decisão pessoal.”

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Astrologia revela: o mundo não acaba em 2012

Como dediquei algum espaço para a homeopatia, uma corrente semelhante de pensamento, enciumada, também merece ser lembrada. A astrologia.
Considerada a astróloga mais influente do mundo, a  nova-iorquina Susan Miller, consagrada pela consulta de mais de 18 milhões de inteligentes pessoas por mês, nos alivia, após profundos e exaustivos estudos, com a maravilhosa notícia de que o mundo não vai acabar em 2012 (fim do calendário maia), graças a Deus. Que alívio!
Susan estudou astrologia com sua mãe durante 12 anos, revela que ela (sua mãe) é mais inteligente do que toda a civilização maia junta, e explica que esta é uma ciência que não se compreende rapidamente, é preciso estudar por um longo tempo. Ao contrário de outras mães, mais tradicionais, que só ensinam a cozinhar, fazer macarrão com porpetas; com ela, aprendeu a profissão de imensa responsabilidade que hoje lhe faz milionária. Imagine sugerir o uso de um vestido de cor inadequada para determinada fase lunar... ou então não perceber que o planeta Saturno encontra-se perto da constelação de Òrion na hora de ir ao banheiro... poderia acabar em, digamos... "zebra"(?).
Não saia de casa sem ler seu horóscopo, diáriamente em: http://www.astrologyzone.com/

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Show da Fé: o Dízimo Automático

                                                                                                                                                              

Tenho constatado que as maiores vítimas de preconceito religioso, disso não duvido, são as igrejas evangélicas. O que, sob certos aspectos é surpreendente, pois estas são as que melhor acompanham os desenvolvimentos tecnológicos do mundo moderno (vide postagem do “drive-thru de oração” neste blog, no dia 04/05/2011). Pensando nisso, a Igreja Internacional da Graça de Deus, resolveu facilitar ainda mais a vida de seus fiéis seguidores. Através de convênio firmado com os bancos do Brasil, Itaú e Bradesco, agora a coleta do dízimo já pode ser feita por meio de débito automático em conta corrente. Basta preencher um cadastro com seus dados bancários e determinar o dia mais conveniente para a sua doação. O que antes só era possível de ser feito com dinheiro vivo ou cartões, agora ficou mais fácil. A Igreja também está lançando seu cartão de crédito, que pode facilitar o pagamento de suas contas, adiando-o para até 40 dias, por intermédio do qual, você também estará contribuindo para as obras sociais da Igreja.
O próprio Missionário R.R.Soares, que comanda o show da fé, campeão de aparições na TV brasileira (pela Band, RedeTV e CNT), garante que quem utilizar o dízimo em conta será agraciado com “um brinde de Jesus”. Alguém duvida?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Leonardo da Vinci: Mona Lisa

Ou La Gioconda, obra-prima em exposição no Louvre, expressão enigmática, inspiração eterna.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pacientes que não tive 25: Amy Winehouse

1983-2011

Apenas 27 anos. Problemas de saúde, problemas com a polícia, fama, dinheiro e infelicidade. Triste exemplo para aqueles que marcham pelas drogas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Em defesa da liberdade de expressão religiosa


 Foram três anos de luta na justiça, mas no fim, o austríaco Niko Alm conseguiu convencer o governo de seu país a permitir que nas fotos de seus documentos, ele apareça com um coador de macarrão na cabeça.
A princípio, as autoridades suspeitaram de que ele sofresse de alguma doença mental. Submetido a exames psiquiátricos, o médico concluiu que Alm não só era psicologicamente são, como seus argumentos eram absolutamente legítimos. Diante da autorização legal que permitia a judeus o uso do quipá e a muçulmanos o uso do véu islâmico em fotos de documentos oficiais, Alm solicitava igualdade de tratamento a sua religião, o Pastafarianismo (vide postagem do dia 20/07/2011 neste blog), religião que cresce no mundo inteiro, acreditando que Deus é formado de uma bola de espaguete e almôndegas gigante, e cujos dogmas exigem o uso do coador de macarrão na cabeça.
Alm apenas quer respeito por suas crenças, legitimação de seus direitos religiosos, como a ostentação pública dos adereços que representam suas mais profundas convicções pessoais sobre os porquês da vida e do universo, os mistérios da existência e da morte. Membro de uma minoria religiosa, tem sido alvo de violentas críticas, inclusive sendo injustamente acusado de ateísmo. Abaixo, seu documento:

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cogumelo do Sol



O Agaricus subrufescens é um fungo, um cogumelo comestível conhecido por vários nomes, incluindo “Cogumelo do Sol” e “Cogumelo da Vida” entre outros. Recentemente vi um anuncio de sua venda na TV, e por curiosidade resolvi ligar. Melhor nem divulgar o nome da empresa em questão. Fui informado que o produto é "100% natural, portanto, que pode ser usado por qualquer pessoa, de qualquer idade e que serve para tudo”, hipertensão, diabetes, reumatismo, impotência, obesidade, queda de cabelo, depressão; foram enumeradas incontáveis doenças por ele “tratáveis” , inclusive câncer (de útero e mama, ela disse). Eu perguntei se seria bom para um suposto amigo, que sofreria de AIDS, tratando-se com o “coquetel” de antirretrovirais. Ela me assegurou que esses coquetéis distribuídos pelo Ministério da Saúde contém “muita química”, que causam perda de peso e outros problemas, mas que o cogumelo do sol, vendido por ela, prolonga a vida e a saúde dos doentes de AIDS. Ela recomendou o uso de 9 comprimidos ao dia, 3 a cada 8 horas. O preço? A bagatela de  R$ 928,00 (NOVECENTOS E VINTE E OITO REAIS), facilitados em 8 parcelas, a primeira para só daqui a dois meses. Mas, que isso seria suficiente para apenas 6 meses, e um paciente com AIDS, segundo ela, precisa de pelo menos 2 anos de “tratamento completo”.
E me tranquilizou dizendo que não tem contra-indicações....Talvez a única contra-indicação ao seu uso seja a inteligência.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O que querem os ateus?

O que eles querem? A discórdia? A guerra? Pregam o desamor, a desinteligência? Promovem orgias? Comem carne vermelha crua? São cruéis com animais e crianças? Será que estão escondidos entre nós? Odeiam minorias como nordestinos e homossexuais? Dormem pelados, sem pijamas? Quais horrores será que nos escondem? Como nos ameaçam?




sexta-feira, 29 de julho de 2011

O sucesso da Homeopatia

Uma vez que a homeopatia é uma prática não reconhecida pela ciência, como explicar seu sucesso entre os leigos? A psicologia mais básica é capaz de entender esse fenômeno. Quem procura um médico, está, basicamente a procura de alívio para seu sofrimento. Isso se consegue com:
1º-Conhecimento técnico. Espera-se do médico, que conheça ciências como anatomia, fisiologia, patologia, farmacologia, entre outras. Espera-se que ele domine o conhecimento sobre o funcionamento do organismo, os mecanismos das doenças, bem como as maneiras de tratá-las, os medicamentos e outras terapias.
2º-Acolhimento. O paciente espera ser visto como um ser humano, num momento de fragilidade, quer ter seu sofrimento reconhecido e legitamado. Espera compreensão, conforto, esperança. Quer ser assegurado de sua melhora, por uma suposta autoridade no assunto.
Alguns médicos tem muito conhecimento técnico necessário para tratar doenças. Nem todos sabem como lidar bem com pessoas, principalmente pessoas aflitas, com medo, inseguras, o que é uma falha, mas algo comum, uma vez que nós, médicos, estamos mais acostumados com a presença do sofrimento e morte em nossa rotina. Alguns são por demais objetivos, parecendo rudes ou frios. Homeopatas são profissionais de saúde que, compensam a falta de conhecimento técnico, com excesso de atenção, carinho e empatia. São profissionais que demoram em suas consultas, desenvolvem entrevistas prolongadas, aparentam se interessar por detalhes da vida dos seus pacientes, cativam a empatia, instilam confiança. Isso pode ser o suficiente para pessoas que não estão realmente doentes, mas carentes de atenção, afeto. Que são situações muito comuns na prática clínica, não requerem muito conhecimento técnico, mas sim tranquilização, acolhimento e orientação. Quando o paciente estiver realmente doente, se o homeopata tiver algum conhecimento para reconhecer que existe um problema, e se o paciente tiver sorte, será encaminhado para um médico de verdade. Ou então teremos a combinação perfeita entre um paciente carente de atenção com um médico carente de competência técnica.  

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ATEUS

Outdoors polêmicos foram espalhados em Porto Alegre:


Que pretendem os ateus com isso?


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Homeopatia, a farsa

Conversar com um homeopata convicto me traz o mesmo desconforto que conversar com um religioso fanático.
A homeopatia é uma prática pseudocientífica, um resquício medieval, que antecedeu a prática do método científico. A ciência moderna busca o conhecimento, submetendo-o a testes eficazes (duplo-cegos, randomizados, multicêntricos), e permanece sempre aberta à dúvida e aos questionamentos, o que leva a seu contínuo aprimoramento. Com o desenvolvimento do método científico, a alquimia deu origem à química moderna. Sem esse método, a “medicina” homeopática se sustenta, na fé e convicção irracionalmente bizarra de seus seguidores, sem evoluir, de maneira estática, como um dogma.
Samuel Hahnemann, no séc. XVII, numa época que a medicina usava sangrias e purgantes, não se sabe o porque, teve a estranha idéia de que, quanto mais diluídas as substancias, maior seu efeito curativo. Desenvolveu o processo de “dinamização” dos medicamentos, diluições sucessivas que despertariam “propriedades latentes” que atuariam na “força vital”, uma “energia espiritual” negativa, que atrairia os “miasmas” causadores de doenças. Para ser exato, em uma diluição de 30X seria necessário beber 7.874 galões [30 m³ ou 30.000 litros] da solução para se esperar encontrar apenas uma única molécula de medicamento. Os modernos homeopatas concordam que realmente não há nenhuma molécula de medicamento em seus remédios, mas que o líquido “se lembra" da substância após o processo de diluição. Quando questionados como uma molécula inexistente interage químicamente, os homeopatas alegam que o método não é químico, mas sim físico, pela “memória da àgua”. Um processo físico que os próprios físicos desconhecem.
Um grupo de belgas, realizou uma conferência de imprensa na qual céticos tentaram cometer suicídio coletivo tomando enormes quantidades de veneno preparadas por diluições que seguiam o método homeopático. Ninguém passou mal.
O método científico também garante que a homeopatia é ineficaz: Em agosto de 2005, a revista científica The Lancet publicou uma metanálise de 110 experimentos homeopáticos placebo-controlados e 110 experimentos médicos convencionais, baseados no "Programa para Avaliação de Medicinas Alternativas " do Governo da Suiça. No artigo os pesquisadores apresentam sua conclusão de que afinal "os efeitos clínicos da homeopatia são nada mais que efeitos placebo". (Ref:  Are the clinical effects of homoeopathy placebo effects? Comparative study of placebo-controlled trials of homoeopathy and allopathy, Lancet 366 (9487): 726–732)
Se a homeopatia não funciona, e os homeopatas estão pouco se importando com isso, como explicar o sucesso dessa prática irracional entre o público leigo? Isso será abordado em breve...

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Homem é sempre o culpado

O que aconteceu realmente naquele quarto, além dos dois, ninguém saberá. Mas...o que nós sabemos?
Dominique Strauss-Kahn (DSK) é um homem com uma trajetória de respeito. Advogado, economista, doutor pela Universidade de Paris. Professor universitário e político francês. Várias vezes Ministro, reeleito três vezes para a Assembleia Nacional, Diretor do FMI, era considerado como possível candidato à Presidencia da França, em 2012. É um homem, então provavelmente culpado. Vai ser irremediavelmente prejudicado pela acusação contra ele. Tem muito a perder, nada a ganhar. Ele, acusado, se retrai.

O nome da mulher não é conhecido, nem será lembrado. Ela é uma refugiada africana, muçulmana e negra. Recentemente se descobriu que já mentiu antes a respeito de supostos abusos sexuais, para conseguir asilo  nos EUA, e trabalhar como camareira. Ela falou ao telefone com o namorado, um presidiário condenado por tráfico de drogas, dizendo que descobrira uma forma de ganhar muito dinheiro. Ela é mulher, então provavelmente está falando a verdade. Tem muito (dinheiro e fama) a ganhar, nada a perder. Ela acusa e chora.

O homem é o bicho-papão. O lobo-mau que só quer sexo. Naturalmente o vilão, culpado, insensível e egoísta. A mulher, coitadinha, a vítima indefesa, frágil, inocente.
Alguém já ouviu essa estória antes???

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Medicina Alternativa: o sucesso do charlatão


O termo “Medicina” deriva do latim, com significado de “arte da cura”. A prática da medicina utiliza ferramentas derivadas de diversas áreas do conhecimento, aplicando-as na busca da saúde. Na minha visão, a medicina hoje é resultado dos avanços de várias ciências como biologia, física, química e matemática. Sou intolerante com práticas derivadas de outras fontes, ditas “alternativas”. As ciências progridem devido a um conjunto de práticas que se submetem ao suplício dos testes, que são controlados, de maneira a comprovar sua eficácia. Ou é verdade que um medicamento funciona ou não é. Não se admite meia-verdade, e é este o objetivo dos testes. A medicina alternativa se constitui de práticas que não podem ser testadas, se recusam a ser testadas, ou são invariavelmente reprovadas nos testes. Se testes científicos refinados do tipo duplo-cego, controlados, randomizados e multicêntricos comprovarem que uma prática funciona, ela deixa de ser “alternativa” e passa a fazer parte da medicina “científica”. Eu cuido da vida de pessoas. Nessa prática, abomino conhecimentos derivados de outras fontes, que não sejam a ciência. Tenho horror a astrologia, rituais de rezas ou novenas (como tratamento, fique claro), medicina “oriental” (por acaso alguém já ouviu falar em “matemática oriental” onde 2+2 é “melhor” do que 4?), florais de Bach, fadas, duendes, acupuntura, homeopatia, terapia de vidas passadas, gnomos, unicórnios, etc. O mundo está cheio de picaretas.

Quando os oráculos do raio-X, da biópsia, da tomografia já deram seu veredicto de que a esperança é mínima, chegou a hora deles, dos abutres e dos charlatões. É aí que eles encontram seu nicho, pois a esperança é um produto vendável e altamente lucrativo; quanto maior o desespero, mais se necessita de esperança, e maior será a sua nefasta colheita. Essa é a origem do sucesso dos “alternativos”: desespero, inconformismo e desinformação.

sábado, 23 de julho de 2011

Pacientes que não tive 23: o motorista do Porsche assassino


No dia 9 de julho, Marcelo Malvino, engenheiro de 36 anos, acelerou o Porsche que dirigia na rua Tabapuã, até a velocidade de 150 Km/hora, atingindo o veículo dirigido por Cintia Santos, matando-a na hora. Do local do acidente, ligou para seu advogado, repetindo: “acabaram com meu carro!”. Em recente entrevista à Folha de São Paulo (23/07), o engenheiro, em sua defesa, afirmou:

“Graças a Deus eu tive um bom exemplo, meu pai sempre trabalhou. Trabalhei, ganhei dinheiro, compro o que eu quiser com ele. Meu problema é porque meu carro é um Porsche, de 500 mil reais, que eu acho lindo, bacana, gostei desde criança. Se eu tivesse comprado um apartamento com esse dinheiro, seria considerado normal. Estou sendo acusado da morte de uma pessoa. Se eu tivesse morrido, seria acusado de suicídio? Acordei no hospital, onde estava com o peito roxo e tive de costurar a orelha... Não sou bandido. O farol abriu, eu saí um pouco mais rápido, o farol da frente estava verde, eu passei. Não cometi nenhum ato de irresponsabilidade. Tudo tem um porquê, que a gente tem que aceitar. No acidente, ela morreu. Com certeza isso estava no plano de Deus. Deus quis me mostrar alguma coisa.”

Fico pensando se as pessoas que acreditam em Deus, a família de Cíntia, e os religiosos que tanto me criticam concordam com ele...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Parabéns, Dr. Mauricio

Agradeço as recentes manifestações de carinho e apreço por parte de meus leitores. Sei que vocês me amam. Muito obrigado ao Abade João, do Mosteiro. Agradeço ao Monsenhor Julio L. pela lembrança, bem como ao carinho e orações do Padre Marcelo R. Muito obrigado ao espírito Kalunga pela lembrança psicografada, ela já chegou a mim, por meio de nossos guias espirituais mentores. Graças a Deus continuo com saúde, servindo a Ele através de meu ofício de médico, incansável na promoção da saúde e na luta contra os preconceitos e desentendimentos entre os homens. Deus tem sido um pai para mim.
Agradeço também a meus fiéis seguidores, que continuam firmes apesar de nossas eventuais diferenças de opinião, de minhas fraquezas e meus incontáveis defeitos. Estou procurando estudar mais, evoluir. Obrigado à Sue Ellen, minha seguidora número um. Agradeço Maria Betânia por sua paciência comigo. Muito obrigado, Milena, LUZ, Monica G., Tina, Angela Fick, Simone, Psicanalisarte, Michele, Fabio Bezerril, ao “genicologista” Carlos G Massunoto  , Veruska, Mundo Cruel,  e a todos os anônimos que não tem coragem de dizer o nome quando me xingam, mas não deixam de me ler, pois secretamente me admiram.

Agradeço às manifestações das únicas ONGs de machos que eu conheço: Al-qaeda e PCC. Obrigado ao MST e à pastoral do menor. Compreendo aqueles que não tiveram tempo de me ligar como Edir Macedo, Bispa Sônia, apóstolo Hernandes e missionário RR. Soares, que estavam muito ocupados contando o dinheiro recebido do dízimo.
Lamento avisar tão em cima da hora para Débora Lyra, que não poderei ir vê-la hoje, pois vou jantar com mamãe, mas que não fique triste pois daqui dois dias outra irá ocupar seu posto de Miss Brasil, então teremos mais tempo para nós.
Parabéns, pelo menos hoje eu mereço, pelo meu aniversário.