É indiscutível que, nas últimas décadas, houve uma transformação profunda nas relações conjugais e no comportamento sexual da sociedade. No entanto, na questão da infidelidade, ainda existe um privilégio masculino. O homem é o único que se percebe e é percebido como sujeito da traição.A mulher, até mesmo quando trai, assume a posição de vítima. Entre indivíduos das classes médias do Rio de Janeiro, 60% dos homens e 47% das mulheres afirmam já terem traído seus parceiros. Apesar de estarem quase empatados, eles e elas apresentam motivos bem diferentes para trair. Homens dizem que amam e desejam as esposas, mas não resistem ao instinto, à aventura, atração, vontade, oportunidade, vocação. Mulheres dizem que traíram por insatisfação com o parceiro, autoestima baixa, vingança ao ter sido traída, por não se sentir mais desejada pelo marido ou por falta de atenção, conversa, carinho, romance, intimidade. Homens se justificam por meio de uma suposta natureza propensa à infidelidade. Mulheres dizem que seus parceiros, com suas inúmeras faltas, são os verdadeiros responsáveis por suas traições.Portanto, a culpa é sempre do homem, seja por sua natureza incontrolável que o impele a ser infiel, seja por seus defeitos que causam a infidelidade feminina.
O discurso de vítima de muitas mulheres, não se assumindo como responsáveis pelos próprios desejos, reforça a lógica da dominação masculina em nossa cultura.
O discurso de vítima de muitas mulheres, não se assumindo como responsáveis pelos próprios desejos, reforça a lógica da dominação masculina em nossa cultura.
Para algumas mulheres nem sempre a falta de carinho,atenção e amor por parte do parceiro é o motivo para trair. Existem outras razões..!!
ResponderExcluirAs transformações profundas nas relações conjugais foram originadas com o advento do Feminismo, que tornou-se um fator a infelicitar muitas relações, pois as mulheres passaram a exigir o que seus parceiros (por natureza) não são capazes de oferecer, implodindo assim relações que poderiam ser satisfatórias a ambos. Enfim sós, gratificam-se comprando duzias de sapatos (se da classe média), ou comendo quilos de doces (se das classes menos favorecidas) e ganham peso e desespero. O Feminismo só veio apertar, ainda mais, a corda existencial ao redor do pescoço de homens e mulheres.
ResponderExcluirZito Pizarro
No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.
ResponderExcluirAlcântara
Caro Zito,
ResponderExcluirAntes, bem antes do feminismo, as traições já existiam. É só pensar em Euclides da Cunha. Ele tinha uma mulher devotada à penca de filhos, à casa, às criadas e ... Acho até que era pior. As mulheres tinham mais tempo e menos malícia para se iludir com os amantes e as paixões.
O humano sofre de uma tal insatisfação constituva, vai desejar para além do que possui. Talvez, a maturidade possa elucidar para alguns que a traição é só uma tentativa de esquecer a insignificância do ser.
Caro Anônimo,
ResponderExcluirConcordo plenamente com voce,as traições conjugais sempre existiram e sempre existirão. O Feminismo ultrapassa este aspécto, e inicialmente seu propósito era da busca da igualdade de direitos entre os sexos. Mas creio que, no momento atual, esta mais aliado ao consumismo, a gratificação imediata e, quem sabe, à competição MULHER x HOMEM (ver quem pega mais). Dessa forma, esta trazendo mais ônus do que bônus à vida conjugal.
Zito