sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Gorilas


"Senhor, sua solicitação de dinheiro para salvar os gorilas é sem dúvida alguma, muito louvável. Mas não parece ter lhe ocorrido que exatamente no mesmo lugar, o continente africano, há milhares de crianças humanas sofrendo. Teremos tempo suficiente para nos preocupar com os gorilas quando não houver mais nenhuma criança em situação de risco. Devemos cuidar primeiro do que é prioridade."

Essa carta hipotética poderia ter sido escrita por praticamente qualquer pessoa bem-intencionada hoje em dia. Pensei nela após a grande repercussão que teve a agressão e morte de um pequeno cachorrinho por sua dona. Existem mais de 7 bilhões de seres humanos no planeta, e menos de 700 gorilas da montanha vivendo livres em seu hábitat. Continuando nesse ritmo, as crianças humanas que hoje nascem, quando estiverem idosas, viverão num mundo sem gorilas na natureza.
Os gorilas foram descritos cientificamente pela primeira vez em 1847 por Thomas Savage, médico e missionário que os observou na Libéria. Na antiguidade eles já haviam sido descritos ao ocidente por um navegador cartaginês, Hanon, em 480 a.C., que acreditou se tratar de pessoas selvagens e peludas, motivo pelo qual lhes deu o nome grego de Gorillai (que significa “tribo de mulheres peludas”). Esta magnífica criatura chega a 2 metros de altura e até 300 kg, um gigante que, apesar do tamanho é muito dócil. Para se proteger, fazem cara feia e pose, mas não atacam.
Koko, uma gorila nascida em São Francisco, em 1971, vive na Universidade de Stanford, onde aprendeu uma linguagem de sinais (memorizou mais de mil), com a qual consegue se comunicar com seus cuidadores. Avisa quando tem fome ou dor, conseguindo inclusive comunicar a intensidade da dor numa escala de zero a dez. É o único “animal não humano” que cuida de um “animal de estimação”. Ela mesma escolhe e cria seus gatinhos como se fossem filhotes. Esse animal sente frio ou calor, alegria, tristeza, medo, tédio, raiva e fome. Em alguns dias acorda de bom humor, noutros, emburrada. Por algum estranho motivo, Koko gosta dos gatinhos, dos quais cuida com muito cuidado, como se fossem sua “família”. Na natureza, seus primos vivem em grupos familiares. “Famílias” mesmo, com mães, pais, irmãos e filhos, dentro das quais cuidam uns dos outros.
Concluindo: como indica a carta acima, a prioridade é sempre a vida humana, certo? E se você pudesse escolher entre salvar uma, e apenas uma, das vidas abaixo, qual teria sido a sua escolha?


Visite Koko e seu gatinho no site: http://www.koko.org/index.php

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Inri Cristo



Em meu primeiro encontro com Inri Cristo, acho que eu inicialmente estava sob influencia da imagem caricata criada pelos meios de comunicação. Ao contrário da forma com a qual a imprensa tendenciosa o retrata, preconceituosamente, como uma figura bizarra e de comportamento doentio, encontrei um homem simples, educado e amável. Participei de seu culto religioso, sendo depois recebido por ele, em sua casa. Foi, para mim, um encontro de enorme alegria. Conversamos sobre os mais diversos assuntos. Delicada e respeitosamente, Inri Cristo respondeu a todas as minhas perguntas e tirou todas as minhas dúvidas Ele me pareceu um homem com inteligência muito elevada, culto, de mente aberta.
Inri Cristo me tocou com suas mãos e me abençoou. Eu costumava ser avesso a bençãos, religiões e deuses, um tanto hipócrita e cínico com relação a esses assuntos. Bastou um encontro com esse homem, para mudar tudo isso. De repente, aos 46 anos de idade, sinto que uma nova fase para mim começa, como se tudo o que estudei e vivi antes não passasse de uma preparação para o que está por vir. Saí desse encontro renovado, confiante, vendo o mundo de uma maneira completamente diferente. A história se repete: mais uma vez, uma mensagem de amor para a humanidade e é recebida com desdém, escárnio e hostilidade.

Disse Inri Cristo: “O acaso não existe!”.
 Eu acredito em Inri Cristo. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pacientes que não tive 30: Albert Einstein


Não vou falar a respeito de suas enormes conquistas científicas, das quais todos estão cansados de saber, mas sim de aspectos pessoais problemáticos, que o público normalmente desconhece.

Einstein, quando jovem, teve o azar de viver a situação de uma gravidez não planejada. O que fez ele? Nem quis saber de conhecer a filha indesejada, não de deu sequer ao trabalho de conhecê-la. Uma saída de gênio (?)... seu nome era Lieserl Einstein, ela foi entregue para adoção e morreu em um ano. Após casar-se com Mileva, Einstein teve dois filhos. Hans Albert, o primogênito, que teve pouquíssimo contato com o pai, e mesmo assim, apenas depois de adulto. Eduard era o filho mais novo, cursou medicina e queria ser psiquiatra, sofria com a ausência do pai, tentou o suicídio, desenvolveu esquizofrenia e foi internado em um sanatório, onde passou a viver isolado. Até 1945, quando a guerra terminou, havia a desculpa da dificuldade causada pelo nazismo, até então no poder. Mas depois desse ano, Einstein teve 10 anos para visitá-lo e não o fez. Não o visitou quando a mãe dele faleceu, nem nunca mais. Eduard ficou sozinho até sua morte em 1965, aos 55 anos.
Termino esses tristes fatos com uma frase do próprio Einstein: “Não posso julgar o que fez, porque não conheço seus motivos para isso”

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011