O termo “Medicina” deriva do latim, com significado de “arte da cura”. A prática da medicina utiliza ferramentas derivadas de diversas áreas do conhecimento, aplicando-as na busca da saúde. Na minha visão, a medicina hoje é resultado dos avanços de várias ciências como biologia, física, química e matemática. Sou intolerante com práticas derivadas de outras fontes, ditas “alternativas”. As ciências progridem devido a um conjunto de práticas que se submetem ao suplício dos testes, que são controlados, de maneira a comprovar sua eficácia. Ou é verdade que um medicamento funciona ou não é. Não se admite meia-verdade, e é este o objetivo dos testes. A medicina alternativa se constitui de práticas que não podem ser testadas, se recusam a ser testadas, ou são invariavelmente reprovadas nos testes. Se testes científicos refinados do tipo duplo-cego, controlados, randomizados e multicêntricos comprovarem que uma prática funciona, ela deixa de ser “alternativa” e passa a fazer parte da medicina “científica”. Eu cuido da vida de pessoas. Nessa prática, abomino conhecimentos derivados de outras fontes, que não sejam a ciência. Tenho horror a astrologia, rituais de rezas ou novenas (como tratamento, fique claro), medicina “oriental” (por acaso alguém já ouviu falar em “matemática oriental” onde 2+2 é “melhor” do que 4?), florais de Bach, fadas, duendes, acupuntura, homeopatia, terapia de vidas passadas, gnomos, unicórnios, etc. O mundo está cheio de picaretas.
Quando os oráculos do raio-X, da biópsia, da tomografia já deram seu veredicto de que a esperança é mínima, chegou a hora deles, dos abutres e dos charlatões. É aí que eles encontram seu nicho, pois a esperança é um produto vendável e altamente lucrativo; quanto maior o desespero, mais se necessita de esperança, e maior será a sua nefasta colheita. Essa é a origem do sucesso dos “alternativos”: desespero, inconformismo e desinformação.
Acho que essa busca desesperada por respostas e adiamento da morte faz parte do nosso antropocentrismo. Difícil admitir que morreremos igual um bicho peçonhento ou que tenha a inteligência e a sensibilidade de um réptil. É insuportável aceitar que mesmo infinitamente 'superiores', como todo ser sexuado, já nascemos condenados à morte. Talvez, por isso mesmo, que temos uma necessidade visceral de demarcar o tempo. Agora mesmo, já estou pensando: o que tô fazendo aqui? Dialogando com os pensamentos niilistas do Maurício? Tenho que cuidar da vida... limpar a casa, cuidar dos bichos, trabalhar...
ResponderExcluirFC
É muita pretensão chamar a medicina alternativa de charlatanismo, como se o senhor fosse dono da verdade!
ResponderExcluirPaciente de homeopatia
Neste ponto não concordo com você.Porque nem tudo que é alternativo ou parte de uma medicina alternativa é enganação,fraude.Mas,assim como na tradicional existem os bons profissionais e os maus ,certamente existe na alternativa os bons e os maus profissionais também.E discordo também na questão que essas não podem ser comprovadas ou que somente os desesperados as procurem.Bem como a fé e a união destas "alternativas",juntamente com a medicina ,já comprovaram que quando trabalhadas juntas podem trazer bons e salutares resultados.
ResponderExcluirIsso não significa que a medicina tradicional não tenha a sua importância e muito menos que perderá seu espaço e concordo que não devemos ficar engessados e nem bitolados(esquecendo do real e ficando no plano da ilusão).Mas,sabendo dosar ,acho que tem espaço pra todos,principalmente para aqueles que trabalham com amor e por amor ao outro e a vida.LUZ.