quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Narcisista

Ele se ama e se acha. O narcisista tem uma necessidade exagerada de admiração. Possui um sentimento grandioso de sua própria importância, o conceito que faz de si mesmo contrasta com a opinião dos outros. Costuma exagerar realizações e talentos, na esperança de ser reconhecido como superior. Tem fantasias grandiosas com relação ao seu poder, inteligência e beleza. Acredita ser “especial”, único, e que apenas pessoas “superiores” podem compreendê-lo em sua essência. Possui expectativas irrealistas quanto ao tratamento supostamente “vip” a que teria direito, espera ser automaticamente obedecido em seus desejos. Nos relacionamentos com outras pessoas costuma ser explorador, tira indevidamente vantagens dos outros para atingir seus objetivos próprios, manipulando as outras pessoas, sem se importar com elas. É em geral pouco capaz de identificar os sentimentos dos que o cercam, de reconhecer as necessidades alheias. Tem um grande sentimento secreto de inveja das outras pessoas, acreditando também que é por elas invejado e admirado. Seu comportamento usualmente é arrogante e insolente, trata mal os subordinados, mas sente-se inferior aos demais. Pessoas bem resolvidas e centradas, logo percebem essas características e se afastam do narcisista, para não se aborrecerem com ele. Pessoas inseguras podem ter mais dificuldade em se dar conta do que está em jogo, vindo a se sentir em posição de inferioridade, reforçando as crenças do narcisista.

6 comentários:

  1. O narcisismo deixará de ser considerado doença. Doc., vc está desatualizado.
    hahaha

    http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/12/14/narcisismo-ficara-fora-da-nova-edicao-da-biblia-dos-transtornos-psiquiatricos.jhtm

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  2. Isso pq o Doc não sai dos Congressos....heheheheh.Brincadeirinha!

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  3. Ma que esse gatinho e esse leãozinho são umas fofurinhas isso são!!!Neném da mamãe!!!!!ahahahahahha

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  4. Em nenhum momento usei o termo doença, Milena.

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  5. É sem dúvida alguma o grande líder da atualidade, não tem nenhum receio ou pudor para incrementar sua vaidade pessoal ou narcisismo, a despeito do sofrimento alheio.


    É um orgulho fazer do mundo um palco ou museu 24 horas para expor suas perversões ou manias, sem nenhum senso crítico ou sentimento de culpa, o que vale é seu direito individualista para o gozo pessoal, independentemente se causará ou dano ao outro.


    O perverso institui um tribunal de exceção, por não conseguir trabalhar a frustração, não admite em hipótese alguma perdas ou rejeições, é um ultraje alguém lhe impor regras ou limites, já que a coletividade segundo seu pensamento lhe é devedora eterna.


    O perverso capitaliza na plenitude sua falta ou castração segundo os conceitos da psicanálise, não lhe é possível nenhum interdito, qualquer experiência tem de estar direcionado ao seu gozo íntimo, o outro deverá acatar com parcimônia sua posição de escravo referente ao desejo do mesmo, não pode haver protesto ou rebelião, o perverso é o fundador de um estado totalitário no campo sexual e afetivo, sua tirania não é a aniquilação do outro, mas a completa subserviência perante seus desejos.


    O perverso se acha o pioneiro e o mais criativo na arte do gozo, tem a certeza de uma criatividade única nesse terreno, não aceita competidores apenas pessoas que possam incrementar suas crenças fantasiosas.


    Ele é único, um resquício de uma monarquia no terreno sexual, engrandecendo sua soberba e egoísmo citados.


    É seu direito ser único na arte de transgredir, rechaçar o amor em nome de uma eterna experimentação de gozos.


    A sociedade é seu laboratório para a masturbação.


    .O perverso não deixa de ser um fronteiriço entre a neurose e psicose, vive a primeira em suas relações profissionais.

    E a segunda na sexualidade, não apenas por causa da falta de limites, mas pela absoluta frieza que passa para seus parceiros.


    . Outra analogia a fazer é com o drogado que se queixa do seu problema, procura muitas vezes o tratamento com a plena certeza de que jamais largará seu vício, no máximo deseja obter um mínimo de controle, e esta é exatamente a contradição dos dois tipos, criaram um plano inconsciente onde jamais pode haver tal controle ou interdito.

    É mais do que evidente dizer que falar em cura nesses casos é pouquíssimo provável, o que sempre lançou um desafio enorme para a psicologia e psiquiatria, como lidar com esse tipo psicológico.

    O que me espanta é que nunca houve um estudo de caso longo, ou seja, como um perverso de 30 anos atrás se posiciona hoje quando arrefeceu seu instinto sexual?


    Percebam como seria útil a observação clínica de um caso desse tipo, houve sublimação com o tempo, após a derrocada da sexualidade, se instalou a profunda depressão, houve tentativas se suicídio, toda a energia foi talvez transportada para o lado material?


    O perverso cresceu na cauda da decadência do lado político e social de nossa sociedade moderna, não deixa de ser um grande espelho da mesma, o que vale é uma satisfação imediata e narcísica sem o menor compromisso sentimental ou afetivo, a palavra mais distante do dicionário do perverso É...... O AMOR...

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  6. Lamentável encontrar com tamanha fequência, colegas de profissão,com currículos admiráveis, debatendo-se em discussões mesquinhas por conta de suas feridas narcísicas.Consequência da formação em medicina ou algruras da alma de cada um?

    Muito bom seu texto.

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