"Senhor, sua solicitação de dinheiro para salvar os gorilas é sem dúvida alguma, muito louvável. Mas não parece ter lhe ocorrido que exatamente no mesmo lugar, o continente africano, há milhares de crianças humanas sofrendo. Teremos tempo suficiente para nos preocupar com os gorilas quando não houver mais nenhuma criança em situação de risco. Devemos cuidar primeiro do que é prioridade."
Essa carta hipotética poderia ter sido escrita por praticamente qualquer pessoa bem-intencionada hoje em dia. Pensei nela após a grande repercussão que teve a agressão e morte de um pequeno cachorrinho por sua dona. Existem mais de 7 bilhões de seres humanos no planeta, e menos de 700 gorilas da montanha vivendo livres em seu hábitat. Continuando nesse ritmo, as crianças humanas que hoje nascem, quando estiverem idosas, viverão num mundo sem gorilas na natureza.
Os gorilas foram descritos cientificamente pela primeira vez em 1847 por Thomas Savage, médico e missionário que os observou na Libéria. Na antiguidade eles já haviam sido descritos ao ocidente por um navegador cartaginês, Hanon, em 480 a.C., que acreditou se tratar de pessoas selvagens e peludas, motivo pelo qual lhes deu o nome grego de Gorillai (que significa “tribo de mulheres peludas”). Esta magnífica criatura chega a 2 metros de altura e até 300 kg, um gigante que, apesar do tamanho é muito dócil. Para se proteger, fazem cara feia e pose, mas não atacam.
Koko, uma gorila nascida em São Francisco, em 1971, vive na Universidade de Stanford, onde aprendeu uma linguagem de sinais (memorizou mais de mil), com a qual consegue se comunicar com seus cuidadores. Avisa quando tem fome ou dor, conseguindo inclusive comunicar a intensidade da dor numa escala de zero a dez. É o único “animal não humano” que cuida de um “animal de estimação”. Ela mesma escolhe e cria seus gatinhos como se fossem filhotes. Esse animal sente frio ou calor, alegria, tristeza, medo, tédio, raiva e fome. Em alguns dias acorda de bom humor, noutros, emburrada. Por algum estranho motivo, Koko gosta dos gatinhos, dos quais cuida com muito cuidado, como se fossem sua “família”. Na natureza, seus primos vivem em grupos familiares. “Famílias” mesmo, com mães, pais, irmãos e filhos, dentro das quais cuidam uns dos outros.
Koko, uma gorila nascida em São Francisco, em 1971, vive na Universidade de Stanford, onde aprendeu uma linguagem de sinais (memorizou mais de mil), com a qual consegue se comunicar com seus cuidadores. Avisa quando tem fome ou dor, conseguindo inclusive comunicar a intensidade da dor numa escala de zero a dez. É o único “animal não humano” que cuida de um “animal de estimação”. Ela mesma escolhe e cria seus gatinhos como se fossem filhotes. Esse animal sente frio ou calor, alegria, tristeza, medo, tédio, raiva e fome. Em alguns dias acorda de bom humor, noutros, emburrada. Por algum estranho motivo, Koko gosta dos gatinhos, dos quais cuida com muito cuidado, como se fossem sua “família”. Na natureza, seus primos vivem em grupos familiares. “Famílias” mesmo, com mães, pais, irmãos e filhos, dentro das quais cuidam uns dos outros.
Concluindo: como indica a carta acima, a prioridade é sempre a vida humana, certo? E se você pudesse escolher entre salvar uma, e apenas uma, das vidas abaixo, qual teria sido a sua escolha?
Visite Koko e seu gatinho no site: http://www.koko.org/index.php