Adoro pensar em bobagens. Bobagens repetidas à exaustão,
como economia verde, desenvolvimento sustentável e inclusão social, estão na
pauta diária de pessoas que se consideram inteligentinhas, mas que no fundo não
passam de hipócritas sem opinião própria, repetindo como papagaios o que dita a
moda do politicamente correto, para parecerem chiques diante de outras pessoas
mais desinformadas do que elas, em rodas pretensamente intelectuais. Eu gosto
de conversar com estes bobinhos que defendem uma vida mais “natural”, afinal
sou psiquiatra e adoro conversas estranhas. Quem alega que uma vida sem
“química” é melhor, como a dos “evoluídos” índios, que vivem em contato com a
natureza, deveria ser coerente com seu discurso, e assim, parar de usar
sabonete e pasta de dente, que são “artificiais”, e perder os dentes
apodrecidos, de maneira bem natural (não existe nada mais artificial do que
conservar uma dentição saudável após os 20 anos de idade). Deveria deixar de
tomar antibióticos (“químicos”), e preferir o adorável bacilo da tuberculose
proliferando em seu pulmão, com maravilhosas tosse e falta de ar. A vida dos
índios é uma droga, que eles toleram por absoluta incompetência e falta de
opção. Por azar de nascença. Índios vivem mal, comem comidas horríveis, morrem
por motivos banais. Dá para acreditar que alguém prefira nascer numa tribo
suja, sem conforto, no meio do mato, viver sem acesso à educação feito bicho,
ao invés de nascer numa família próspera de um grande centro, comendo bem,
conhecendo o mundo, tendo acesso à informação e aos prazeres da vida moderna? Apenas
um imbecil, um louco, ou mais provavelmente, um mentiroso. As mentiras bonitas,
ditas com orgulho idiota, a fim de causarem boa impressão, nos cercam por todos
os lados. A verdade é mais desagradável. O ser humano é egoísta, ambicioso e
mesquinho. Por isso o meio ambiente está condenado à degradação total. Também
por isso, movidas pela covardia dos culpados, as pessoas tem esse discurso
bonitinho. Hipocrisia.
Quem quiser cuidar de reduzir a emissão de carbono faça-me o
favor de ir morar no mato, não acender fogueira nem para cozinhar, e leve junto
o seu discurso chato.
Seu post tem sentido. Também acho que as críticas sobre o que fazemos no mundo tem muita estória para empresas faturarem mais. Tenho tomado cuidado com o que é certo ou errado sobre isso. Cynthia
ResponderExcluirADOREI; É ISSO MESMO.BRAVO!!!!
ResponderExcluirUma vez nossa sociedade parasita instalada, não há mais volta. Mas o controle de natalidade é uma ótima ideia, a primordial nessa gigante teia de problemas e possíveis soluções.
ResponderExcluirParte dessa ira Dr, não seria originada na falta de mercado de trabalho para Psiquiatras nas sociedades indígenas totalmente isoladas da civilização?
ResponderExcluirBrincadeiras à parte, convive certo tempo com tribos no Xingu, e temos que reconhecer que eles tem (ou tinham) uma sociedade mais igualitária, solidaria e menos neurótica que a nossa, sem necessitar de um partido comunista ou Petista para impor isto à força (se fosse necessário sua sociedade não teria a longevidade que tem).
Quanto aos aspectos de saúde e conforto é óbvio que não há comparação. Mas não só de pão vive o homem.
Quanto aos chatos, verdes, hipócritas, cretinos..etc..CORRRETÍSSIMO !!! são os oportunistas de sempre desfraldando a bandeira do momento.
Mas a história esta ai para provar, para o bem ou para o mal estes são povos em extinção.
Zito.