Um diabético precisa fazer uso diário de insulina, que ele mesmo injeta em si. Um hipertenso, assintomático, necessita tomar todo dia sua medicação. Nas duas situações, um tratamento bem conduzido evita complicações terríveis, como derrames, cegueira, falência renal, entre outros. Estes pacientes normalmente aderem ao tratamento, satisfeitos de que o mesmo melhora sua qualidade de vida. Na psiquiatria as coisas são um pouco mais complicadas. Muitos pacientes encaram o uso contínuo de antidepressivos como uma "fraqueza", costumam expressar a idéia que gostariam de melhorar "por si mesmos", sem o auxílio de uma "muleta" química. Fico imaginando porque o diabético e o hipertenso não costumam pensar desta maneira...
A imensa maioria dos meus pacientes não precisa fazer uso de medicação para a vida toda, mas sim durante vários meses, ou alguns anos, mas isto é um fato: a aderência ao uso de medicamentos psiquiátricos é sempre mais complicada do que na clínica médica geral.
Dá o que pensar....
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ResponderExcluir(de Sergio Lucio)
Tem razão, existe uma aceitação social muito maior para doenças crônicas que para qualquer doença mental (não sei nem se é assim que se classifica) mas o fato é que os antidepressivos e a própria terapia são vistos como recursos de gente desequilibrada, infelizmente, mas acho que aos poucos a mentalidade da população pensante vai mudando.
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