"...quam minimum credula posterum!" (e confia o mínimo possível nos dias posteriores!)
Assim soa a famosa citação completa do poeta romano Horácio. Marca o fim de um poema em que ele adverte o fictício Leucônoe contra o futuro. Deve viver de forma sensata o presente, e utilizar bem o seu tempo. O lema sempre foi retomado, por exemplo, no barroco pelo poeta Martin Opitz (1597-1639), que intitulou um de seus poemas dessa forma, como no belíssimo filme "A sociedade dos poetas mortos", de 1989, onde os fãs do seriado "House" podem admirar o início da carreira do dr. James Wilson, interpretado por Robert Sean Leonard, ainda adolescente.
Teu "carpe diem" me fez pensar em Clarice. Até a senhora Lispector, uma melancólica contumaz, em um dado momento de sua vida, deu crédito a Horácio quando disse: "Que viva hoje...sem nenhum acontecimento me provocando, sem nenhuma expectativa, de tarde, esta tarde, eu, aplicando-me na caligrafia como uma criança de escola, eu, também uma das freiras que costuram, em labor de abelha bordo a fio de ouro: Viva Hoje". Viva Horácio e Clarice!
ResponderExcluirComo é difícil viver o hoje plenamente, sem se perder em lembranças e embarcar em sonhos...
ResponderExcluirBeijos.
Valeu!!!
ResponderExcluirAmei o comentário do Anonimo acima. De uma certa forma é confortável o texto. Calma Lucidez e a certeza de que agora existe e estou aqui amanhã ou daqui um segundo quem sabe? Bjs Magali
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