terça-feira, 6 de julho de 2010

Pacientes que não tive 04: Genghis Khan

Nascido em 1162, na Mongólia, ficou órfão de pai aos 9 anos. Ainda na infância, matou a flechadas um homem que se dispunha a casar com sua mãe. Organizou um grupo armado que só fez crescer até se transformar em um exército que não conheceu derrotas. Neutralizou o poder de parentes, matou todos os chefes (Khans) de clãs rivais. Consolidou o maior império contínuo de toda a história, da Coréia à Hungria; em extensão ou população, mais do que o dobro que qualquer outro. Os mongóis aterrorizavam os vencidos, assassinando os homens e estuprando as mulheres. A reputação de sua violência atravessou os séculos. Na Europa, séc.XIX, o nascimento de crianças com síndrome de Down era interpretado como um sinal do estupro de alguma ancestral por um guerreiro mongol, daí o termo "mongolismo". Tantos foram os descendentes destas práticas e dos incontáveis haréns dele que estudos genéticos recentes indicam que os descendentes de Gengis Khan somam nada menos do que 34,8% da população da atual mongólia, 8% dos homens asiáticos e 0,5% da população mundial. Seu último descendente direto no goveerno foi Alim Kham, emir no Uzbequistão, deposto em 1920 pela revolução soviética.
Deixando de lado os aspectos éticos e morais da questão, essa estratégia de massacre e estupro se mostrou darwinianamente imbatível, seus genes continuam imperando.
Fontes:
Zerjal, T., et al. (17 de janeiro de 2003). The Genetic Legacy of the Mongols
Derenko M.V., et al. (março de 2007). Distribution of the male lineages of Genghis Khan's descendants in northern Eurasian populations.

4 comentários:

  1. Quando eu era pequena, tinha muito medo de Genghis Khan. Engraçado que me lembro disso, mas não sei porque tinha medo. Devo ter ouvido alguma história sobre ele, sei lá... rsrsrsr. Depois, já na idade adulta, li um livro sobre ele da autora Taylor Caldwell, e nesse livro ela faz uma abordagem muito mais humana dele. Não me lembro o nome do livro, mas gostei bastante. Ela conta que o nome dele era Temujin.
    Poxa, isso tava no fundo da memória.
    Beijos.

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  2. Ah, tá certo. Duvido muito que este é um paciente que gostaria de ter tido, Doc. Imagine só:

    Genghis: - Doc., você precisa me ajudar. Eu não consigo ter ereções durante os estupros! Eu preciso tê-las e disseminar meus genes. Quando vejo os homens no front, preciso controlar minha ereção por debaixo da armadura. Preciso de um remédio pra combater essa minha boiolice. Imagine se um dos soldados desconfia que eu, Genghis Khan, estou chegado na fruta?

    Doc.: - Sr. Khan, homosexualidade não é doença. Não existem remédios que possam ajudá-lo a não sentir...

    Cabeça do Doc. rola pelo chão.
    Khan nem se daria ao trabalho de mandar matá-lo ou de usar um arco. Arrancaria sua cabeça com as próprias mãos.

    Deve doer muito.
    Melhor ficar com as frígidas, bipolates, esquizofrênicos e suicídas, não acha?

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  3. Eh!Eh!Eh!Eh!
    Em 5 meses de blog, esta é a primeira vez que comento um comentário. Agradeço pelas risadas que estou dando. Eu sempre achei que a capacidade de humor, de rir de nossa própria desgraça fosse o maior indicador de saúde mental. Ainda não cheguei lá, graças também a você! Um grande beijo.

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  4. Muito bom o comentário da Milena também acho que o senhor Dr. não queria um pasciente como este cara aí não rsrsrsrs.
    E aproveitando galera acessem o meu blog, http://fabiobezerril.blogspot.com

    Comente lá

    Valeu Dr. abraço

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