sábado, 14 de dezembro de 2013

Psicologia da Religião (2): o Apocalipse

 

Quando o livro (bíblico) do Apocalipse foi escrito, apenas Deus tinha o poder de acabar com o mundo. Isso mudou. Antes que o homem aprendesse a ser racional ou pacífico, antes de perder o desejo de matar, ele criou armas nucleares, e a capacidade de acabar com todos os outros homens. Num mundo potencialmente tão perigoso, não é mais admissível que decisões importantes sejam delegadas a pessoas irracionais e religiosas. Nações são como naves gigantescas, viajantes no tempo, e deveriam ser guiadas com bússolas e bom-senso, não por livros de receitas de cozinha, escritos na noite dos tempos, na Idade das pedras, quando parecem ter tido alguma utilidade. Outros livros foram escritos depois, mais adequados aos novos tempos, que vieram após o Paleolítico. Porque eu acho as religiões perigosas? Porque elas permitem aos homens acharem que tem respostas sobre questões importantes, quando na verdade eles não tem. Quando alguém disser, com aquela expressão esbugalhada do crente, aquele sorriso deslumbrado, estúpido e fixo, que sabe o que vai lhe acontecer após a morte, não acredite. Ele não sabe. Ninguém sabe. Simplesmente porque ele não tem poderes mentais superiores aos outros, para ter acesso a verdades “ocultas”. A única atitude apropriada para o homem diante das grandes questões da vida é a dúvida e a incerteza, uma postura de humildade. Exatamente o oposto das certezas arrogantes, marcas registradas das religiões, de seus dogmas. Ter fé é a atitude absurda de tornar o não pensar em uma virtude. Aqueles que pregam a fé, são escravizadores intelectuais, suas doutrinas não vieram dos céus, mas de dentro deles mesmos, humanos que são, com todas as limitações, corrupções, mentiras e motivações pessoais secretas, que, como todos nós, eles também tem.
As religiões justificam a loucura e a destruição. Até na Medicina, o manual americano de diagnóstico e estatística de transtornos mentais (o DSM), avisa com cautela que, se sintomas de loucura, como delírios e alucinações, ocorrerem dentro do “contexto religioso”, o diagnóstico de doença mental não deverá ser feito. Ou seja, se aos domingos você acredita beber o sangue de uma figura mítica, nascida de uma mãe virgem há dois mil anos, que realizava milagres (como ressuscitar mortos); ou então se acreditar em cobras traiçoeiras falantes; sossegue, você não está louco.
“Adquirir armas nucleares em defesa dos muçulmanos, é um dever religioso” (Osama Bin Laden)
“A política externa dos EUA, é resultado da vontade de Deus”(George W.Bush)

Um comentário:

  1. A religião é o câncer da sociedade......não me lembro agora de quem é a frase.....mas hj eu a entendo bem.....

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