Epicuro (341-270 a.C.) talvez seja o filósofo interpretado de maneira mais errônea entre os pensadores.
Materialista racional, defendia a teoria atômica, acreditava que o corpo consiste numa coleção de àtomos que se separariam na morte. Estebeleceu o Princípio do Prazer como objetivo de uma vida feliz, e nisso tem sido muito mal compreendido. Para ele, os maiores prazeres eram a leitura, a introspecção, a amizade e a filosofia. Defensor do ócio e da moderação, advertia contra os perigos do sexo e da sedução carnal. Por erros históricos, o epicurismo é inadequadamente associado à idéia de orgias sensuais, libertinagem e glutonice.
De acordo com ele, a pior coisa a fazer é se preocupar com a incerteza do futuro. Sua idéia de paz interior é de viver o agora e alcançar a tranquilidade, um dia de cada vez, se possível na presença de bons amigos, o que considerava a maior riqueza.
O humilde e reservado Epicuro deve estar tremendo em sua tumba, diante da deturpação de suas idéias.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Duvido muito que ele esteja rolando, tremendo, dando saltos na tumba. Provavelmente depois da morte ele percebeu que toda aquela moralidade defendida era pura bobagem e entrou na festa póstuma dos boêmios e libertinos mais célebre dos últimos 12 séculos.
ResponderExcluirE a festa continua! Uhú!!!
kkkk
A teoria epicurista me encanta, mas o que fazer com a nossa mal-sucedida saída neurótica? Mesmo quando já estamos no futuro continuamos nos projetando nele. Auto-engano? As preocupações funcionariam como um mero disfarce, para não se pensar na mortalidade.
ResponderExcluir