sábado, 23 de abril de 2011

Cristo de São João da Cruz


Pintura do espanhol Salvador Dali, de 1951. Eleita minha pintura favorita da crucificação, sem os repulsivos elementos comuns ao estilo barroco, de sangue, dor, feridas e pústulas, que muitos católicos, secretamente em sua intimidade cultuam. O autor se recusa a expor Cristo de uma maneira sanguinolenta, como levado a extremos de sadismo no recente e repugnante filme de Mel Gibson. Não existem nesta pintura pregos nem sangue. O rosto de Jesus não é retratado, convidando-nos a imaginá-lo. Sente-se o peso do mundo sobre suas costas. A obra tem uma perspectiva incomum, como se o autor fosse o próprio Deus, apreciando dos céus o sofrimento de seu filho. Apreciemo-lo também nós.

Um comentário:

  1. Esta também é uma das minhas favoritas... e o texto merece muito mais comentários do que eu seria capaz de faze-lo.

    Abraço

    Pessoa

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