sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quando o trabalho adoece.

O termo "burnout" tem sido empregado para designar um conjunto de sintomas apresentado por trabalhadores que sofreram "esgotamento profissional", estando sua ocorrência vinculada a uma exposição contínua a fatores estressantes, emocionais e interpessoais no trabalho. Se caracteriza por sentimentos de desgaste emocional e esvaziamento afetivo; reações negativas, insensibilidade ou afastamento excessivo do público que deveria receber seus serviços ou cuidados; diminuição do envolvimento pessoal no trabalho, sentimentos de incompetência e insucesso. Começa como uma perda gradativa do entusiasmo, que evolui para uma vivência de tédio, irritabilidade, agressividade, perda do autocontrole emocional, manifestações depressivas relacionadas a decepção, indisposição e desinteresse pelo trabalho. Os indivíduos acometidos parecem estar sujeitos a uma maior incidência de consumo de àlcool e conflitos familiares. Em minha experiência acomete sobretudo professores da rede pública de ensino, que passam por desvalorização profissional, perda do reconhecimento de seu valor, desrespeito e  exposição à violência. E para completar, não tem a legitimidade de seu sofrimento reconhecida pela família e sociedade, sendo rotulados de "neuróticos" e "fracos".

2 comentários:

  1. Sou da Rede Estadual, Efetiva de Cargo. Passei por muito tempo, sentindo todos esses sintomas. Já há 4 ou 5 meses acordo com o coração disparado, sentindo dores no peito, dificuldade de respirar por sentir um sufocamento na garganta, com pés e mãos muito gelados sinalizando a minha morte. Passei por vários exames e estes nada apresentaram, assim quando acordava nestas condições procurava respirar com calma, chorar, tomar xá de maçã com canela e houve uma mudança em meus medicamentos. Depois comecei a acordar desesperada que iria ser exonerada do cargo, não iria receber meu pagamento naquele mês, nunca sairia o resultado de uma perícia para poder trabalhar no DHRU aqui São Paulo ou nunca teria minha aposentadoria e jamais iria ter uma vida em paz. Os sonhos foram piorando, sempre sentia que alguém ameaçava de morte minhas filhas.. Bem, todos esses sintomas estão sob controle a medida que meu médico foi aumentando a dosagem dos medicamentos.
    Sei que a quantidade de funcionários Públicos é muito grande e para as perícias médicas, todas ficam concentradas no CAAS.
    Tenho até medo de fazer alguma crítica e ser ainda mais prejudicada. O que guardo de bom em mim é de que nunca sofri nenhum tipo de agressão por parte dos alunos mas estou Readaptada desde 2002, assim posso afirmar que saí na hora certa da sala de aula.

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  2. Deveria ter um tópico tbm para o assunto: Quando ficar em casa adoece.......

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