1º-Conhecimento técnico. Espera-se do médico, que conheça ciências como anatomia, fisiologia, patologia, farmacologia, entre outras. Espera-se que ele domine o conhecimento sobre o funcionamento do organismo, os mecanismos das doenças, bem como as maneiras de tratá-las, os medicamentos e outras terapias.
2º-Acolhimento. O paciente espera ser visto como um ser humano, num momento de fragilidade, quer ter seu sofrimento reconhecido e legitamado. Espera compreensão, conforto, esperança. Quer ser assegurado de sua melhora, por uma suposta autoridade no assunto.
Alguns médicos tem muito conhecimento técnico necessário para tratar doenças. Nem todos sabem como lidar bem com pessoas, principalmente pessoas aflitas, com medo, inseguras, o que é uma falha, mas algo comum, uma vez que nós, médicos, estamos mais acostumados com a presença do sofrimento e morte em nossa rotina. Alguns são por demais objetivos, parecendo rudes ou frios. Homeopatas são profissionais de saúde que, compensam a falta de conhecimento técnico, com excesso de atenção, carinho e empatia. São profissionais que demoram em suas consultas, desenvolvem entrevistas prolongadas, aparentam se interessar por detalhes da vida dos seus pacientes, cativam a empatia, instilam confiança. Isso pode ser o suficiente para pessoas que não estão realmente doentes, mas carentes de atenção, afeto. Que são situações muito comuns na prática clínica, não requerem muito conhecimento técnico, mas sim tranquilização, acolhimento e orientação. Quando o paciente estiver realmente doente, se o homeopata tiver algum conhecimento para reconhecer que existe um problema, e se o paciente tiver sorte, será encaminhado para um médico de verdade. Ou então teremos a combinação perfeita entre um paciente carente de atenção com um médico carente de competência técnica.